O TEATRO E SEUS IMPROVISOS E IMPREVISTOS

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O teatro é mesmo mágico, único, uma arte efêmera e que de tal maneira nos toca. Sendo acessível a todas as classes sociais, sem pré-conceitos, atingindo todas as idades, idades e personalidades. Isso sim é teatro. 
Porém na eloquência em transmitir esse amor profano/sagrado por essa arte de representar, não posso deixar escrever, destacar o quão nós atores, artistas temos que nos adaptar aos espaços para apresentações. A vantagem de se fazer teatro, é saber que ele pode e deve chegar de diferentes formas a todos em diferentes ambientes. 
Hoje na apresentação do espetáculo infantil: A GRANDE VIAGEM AO CORAÇÃO tivemos um imprevisto devido a falta de energia, em partes, em nossa cidade. Ocasionando no espaço onde costumamos apresentar a falta de luz. Já marcada apresentação para os 1º anos, as crianças polvorosas, os professores já aguardando, seria mais fácil deixarmos para a próxima semana? Seria, senão fosse a magia do teatro ser mutável, adaptável e principalmente especial para nós que amamos fazer essa arte. 


Então decidimos insistir, não deixar aquelas crianças sem o seu espetáculo, pois essa tarde tinha espetáculo? Tinha e TEVE sim senhor. 
Adaptamos nossa sala de teatro em um grande espaço para recepcionar nossos pequenos e exigente publico. Os colchonetes da aula de ginástica se transformaram em divisa entre palco x platéia. Panos pretos cobriram nossas janelas e com apenas dois refletores proporcionamos aquela platéia de 60 alunos um espetáculo emocionante, alegre, com muita musica, jogos, aventuras e diversão. 
Nessas horas que bate o desespero achamos a oportunidade de criar e recriar muitas maneiras de se fazer nossa arte. E nesse momento tenho orgulho mais ainda da profissão que decidi seguir.


ARTIGO ASSINADO: BENEMARI SULIVAM 

CESÁRIO LANGE invade QUADRA

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A Bruxinha que Era Boa 
de Maria Clara Machado
Direção: Thiago Mattuane
Grupo Teatral Lange
Cesário Lange




Sinopse:

A peça infantil conta a história da Bruxinha Ângela, uma bruxinha diferente das outras que freqüentam a Escola de Maldades da Floresta e que estão sendo preparadas para serem as piores-melhores bruxas e assim ganhar a tão sonhada vassoura a jacto. Caolha, Fredegunda, juntamente com Ângela serão avaliadas pelo Bruxo Belzebu Terceiro que escolherá a pior bruxinha de todas. Porém nem os conselhos e ensinamentos da Bruxa-Chefe ajudam a Bruxinha Ângela a ser uma excelente aluna e como castigo ela é presa na Torre de Piche. É nessa hora que ela conhece Pedrinho, um jovem lenhador que não se assusta com a aparência da Bruxinha Ângela e a ajuda a fugir do castigo e ganhar a tão sonhada vassoura à jacto.

A peça tem como princípio não julgar uma pessoa sem realmente conhecê-la e Pedrinho faz jus ao ditado de não julgar o livro pela capa e sem olhar para o exterior da Bruxinha Ângela ele vê o interior e descobre, que essa bruxinha em sua frente, não é ruim, e sim uma bruxinha boa... é quando ele a nomeia de “A Bruxinha que Era Boa”.

INGRESSOS: R$3,00 (Antecipado)
Classificação: Livre

A IMPORTÂNCIA DA CORDA NOS JOGOS TEATRAIS

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Começamos por uma simples e singela corda. Sim uma corda um objeto inanimado, sem função nenhuma, até que as usemos para determinadas tarefas do cotidiano: Amarrar, segurar, prender, etc... E também nos jogos para o desenvolvimento de interpretação do aluno que faz teatro.
 Dentro dos grupos infantis acredito que a corda, a bolinha são materiais fundamentais para o bom desenvolvimento de uma aula tanto com jogos populares, como com jogos teatrais. Ambos se completam e tem uma função: utilizar da criatividade da criança/jovem/adulto dentro do teatro. 
Uma corda se transforma em partituras para condução de uma dança, de uma ação ou mesmo o aquecimento antes dos jogos propostos pelo professor. 
Podemos começar com o pular corda, aquele jogo que todos nós conhecemos e uma grande parte da população já brincou... Do 0 ao 10, individual, duplas, trios, grupos... O cabo de guerra, em uma disputa saudável onde o corpo inteiro se compromete em estar querendo provar ser o mais forte, focando principalmente na movimentação, de como seu corpo reage diante "do brincar". O ator eterno pesquisador da alma do ser humano, torna-se nesse momento o observador e o pesquisador do seu corpo e do corpo de seus companheiros. 
Até ai a diversão é garantida, atenção é total e a competição não foge dos ideais do jogo. 
Então, vamos teatralizar a brincadeira? E se a corda sumisse de cena? Se não tivéssemos as cordas? 
Partimos então para mais uma "preocupação": O imaginar, como fazer? Como ser? Como jogar tendo o objeto em nossas mãos, sem tê-lo? Seria possível? Perderíamos o foco? 
Muito pelo contrário, seria mais importante do que ter o objeto em mãos. Pois agora o ator usa da sua percepção, sua memória, sua vivência, suas sensações de quando estava com a corda em suas mãos. 
Seu corpo, sua concentração, seu foco, seu objeto de estudo agora torna-se prático. Toda a teoria se dissipa para dar lugar ao real-imaginário. 

O professor deve sempre estimular, não a competição, mas sim o foco, atenção, o corpo que fala, que grita nessa batalha inocente e infantil. Como seus olhos, seu corpo reage, quais são os sentimentos, sensações, cumplicidade com os outros, voz, trabalho coletivo? Foco, foco e foco. 
Utilizar também como forma de montar uma partitura no chão, onde os alunos deverão seguir cada estrutura construída, fazendo com que do chão a corda se transforme em seu corpo, fazendo o mesmo percurso que a corda toma, sem receios, sem anseios, utilizando o simples ato de olhar, assimilar e ir a ação. A diversão estará mais que garantida.  

Artigo assinado por: BENEMARI SULIVAM
Ator, Diretor, Professor e Gestor Cultural. Responsável pelas aula de teatro dentro da CIA TEATRAL 4 CANTOS da cidade de Quadra.

A GRANDE VIAGEM AO CORAÇÃO - Apresentação no EMEF JOÃO INÁCIO SOARES (3º ANO)

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Todo mundo tem o poder de mudar o mundo, mas penso comigo que não o mundo no sentido universal. Muitas vezes mudar o mundo da sua sociedade, da sua cidade, do seu povo, da sua gente. Acredito que o teatro vem como meio, forma de transformação da sociedade em que vivemos. Em uma época de Ipod's, Redes Socias, Instagrans e afins.
 Creio que o teatro tem (e deve) tomar seu espaço como agente canalizador de imaginação, sonhos e criatividade, principalmente das crianças. 
  Hoje nos apresentamos para as crianças do 3º ano da EMEF João Inácio Soares de nossa querida cidade. Com o tempo vem o aprendizado e o pensamento: Quanto tempo perdi pensando somente para o teatro adulto, sendo que o teatro infantil no qual tinha meu pré conceito contra minha própria capacidade de montar um espetáculo infantil. 
E hoje AMO, AMO, AMO E AMO. Não somente pelo trabalho no palco, mas sim o que ocorre por trás, nos bastidores, com o publico que nos prestigia. 
  Preparar essas crianças que hoje foram nos assistir, aguçando sua vontade, curiosidade de fazer teatro ou mesmo como se portar dentro de um espaço cultural é de um valor inestímavel. Falar de igual para igual, colocando as regras como um jogo e principalmente eles aderindo (Não ir ao banheiro durante apresentação, manter-se sentado em silêncio, etc...), saber que somos então companheiros. Hoje o que eu vi foi uma sensação de dever cumprido, ao reviver a imagem daquelas crianças chegando alvoraçadas e ao começar o espetáculo....SILÊNCIO, ATENÇÃO, OLHOS VIDRADOS, SORRISOS, APONTAMENTOS, RISOS, PALMAS, PALMAS E PALMAS.
Percebi ali que não são culpadas as crianças de não saber apreciar um espaço cultural, é culpa daqueles que não os acostumam desde de cedo a ter acesso a cultura e a arte.
 Pois muitos de nós, atores, diretores pensamos somente em fazer espetáculos para adultos, experimental, performático e outras balelas. Esquecemos de preparar os futuros espectadores de nossos espetáculos, que um dia poderão adentrar um teatro e sem entender nada, nunca mais voltar, por achar que não é tão cabível a ele aquele momento cultural. 
Conceder ao publico infantil momentos culturais, com espetáculos criativos e não alienativos e americanizados é o dever de todo educador, arte-educador, professor ou diretor. 
QUADRA em parceria da Educação e Cultura caminham juntas, mesmo em pastas distintas ambas tem objetivo de agregar, somar, juntar. Para um bem comum: Proporcionar a criança a possibilidade de conhecer, sonhar e amadurecer, ao seu tempo. 
Obrigado aos alunos das Professoras Alessandra e Silvana por esse presente de hoje, por me fazer entender que estou no caminho certo. 

AH E PARABÉNS A TURMA DO BÁSICO II da CIA TEATRAL 4 CANTOS QUE MAIS UMA VEZ FOI SUCESSO!

EVOÉ!

OS FESTIVAIS ESTUDANTIS by Benemari Sulivam

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O que significa para minha pessoa, vivência, história e carreira no teatro a existência do FESTIVAL ESTUDANTIL? 
A base de tudo, talvez ou mesmo a forma de criarmos dentro de nós, outros e outrens a vontade de fazer, estar, comungar e participar do teatro. 
  Diferente dos festivais amadores, profissionais, o festival estudantil vem com objetivo de estar focando não somente no trabalho pronto, apresentado nos palcos... É muito mais, vai muito além. É a pesquisa, é prática, o envolvimento da sociedade, escolas, professores, publico para um bem comum: SE FAZER TEATRO. 
É as dificuldades, é o estudo, é o trabalho enfrentando preconceitos (ou pré-conceitos), criando regras, não tratando teatro como mera diversão ou passatempo. 
Criando nas crianças o compromisso, o comprometimento, a dedicação, a entrega, o sacríficio de muitas vezes se deixar alguma viagem ou momento família, para estar lá... Naquele tablado, sem esperar nada, apenas a entrega e o prazer de subir no palco e mostrar e acreditar naquela verdade. 
A utilização de jogos é a peça fundamental para atrair, fazer, acontecer e quando a criança (jovem ou adulto) perceber esta fazendo teatro (Viva Viola Spolin).


 Criando, recriando, inventando, imaginando aquela história que até então estava apenas escrito em folhas. 
Em uma época onde se vangloria o diferente, o fazer teatro para alimentar ou inflar seu próprio ego, inflando seu peito para dizer; - EU FAÇO DIFERENTE, SOU DIFERENTE (Triste ilusão), a tecnologia, o imediatismo dos espetáculos musicais vindos de terras estrangeiras. O festival, o teatro estudantil nada contra a corrente. Pois é estudo, é jogo, é dança, é brincar, é modificar muitas vezes a vivencia daquele ser humano que decidiu fazer teatro na escola, dentre tantas opções, optou por estar ali, fazendo teatro. 
O meu temor é que um dia tudo isso se acabe, os grupos estudantis, os festivais estudantis, o estudantil. Ás vezes por desejar-se, querer-se profissionalizar (Sei que isso é e deve ser necessário, porém não podemos esquecer de onde e como viemos), ou não haver mais interesse dos orgãos publicos, escolas em exercer essa prática tão linda.
 Ou mesmo aqueles jurados que muitas vezes insistem em ferir, acabar com um trabalho, traumatizando vidas (Sim, parece exagero, mas devemos saber como falar, como lidar com seres humanos, pois um dia somos Vidraceiro, no outro Vidraça), mostrando muitas vezes o despreparo em ANALISAR, TROCAR, OPINAR (Que é o verdadeiro trabalho desses jurados), saber que o trabalho ali pronto vem de uma longa e constante pesquisa, estudo, modificação humana, rompimento de timidez, de uma vida muitas vezes não tão feliz. Como pedagogo afirmo que no teatro somos CONSTRUTORES DE ALMA. E quem somos nós para julgar o trabalho do outro, apontar defeitos, dizer tira isso, bota isso. É olhar daquele grupo para aquele trabalho onde se passaram meses ensaiando para aquela apresentação. 
E mais, o prêmio é necessário, sim claro. Não vamos ser demagogos, é importante, é essencial para o reconhecimento e o crescimento de um trabalho (Senão não nos inscreveríamos), assim como um uma sugestão, uma opinião é sim. Importante é. Mais o que podemos ressaltar é a troca, amizade entre os grupos que deve ocorrer, a alegria, a união, é fazer intercâmbio de um grupo com outro, é trocar figurinhas, enfim, é se pensar no teatro hoje e no amanhã. Principalmente o teatro estudantil. Não existem fórmulas, existem meios, técnicas, entrega, trabalho, trabalho, trabalho, suor. Humildade sempre. E amor ao que se faz. 
Viva ao teatro estudantil e que propaguemos isso mais e mais. 

Gostaria de dedicar esse artigo bobo, mais de coração latente de expectativas e anseios aos meus queridos amigos que me fizeram reconhecer e conhecer uma amizade entre grupos: Ao mestre Junior Mosko, Marli Bonome, Jane, Ariane, Renato Junior, Pablo, Glaucy, Dalila Ribeiro e claro mais que nunca aos meus amados e queridos alunos da CIA TEATRAL 4 CANTOS. 

CIA TEATRAL 04 CANTOS investe na área de Musicais

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 Sempre zeloso e preocupado com o crescimento e aprimoramento do grupo de teatro da cidade de Quadra, o Prefeito Municipal Sr. Carlos Vieira de Andrade através da Secretaria Municipal de Educação (Responsável: Iolanda Campos) juntamente com a de Cultura (Responsável: Maria Regina) proporcionou ao Professor da Cia 04 Cantos, Benemari Sulivam um curso de férias no TEENBROADWAY – Brasil na cidade de São Paulo.

 
Curso voltado aos grandes Musicais da Broadway que vem tomando cada dia mais espaço nos palcos brasileiros. A escola TEEN é responsável por diversos musicais e encaminhamento de atores para os grandes musicais de São Paulo e Brasil onde

apresenta diversas técnicas de Musica, Danças, Canto e interpretação.

“Foi uma semana de grande aprendizado e conhecimento, pois pude adquirir e conhecer sobre essa grande febre que tem ocorrido nos palcos brasileiros. Podendo assim proporcionar aos nossos jovens atores e atrizes de Quadra, técnicas, formas e meios de se produzir um musical. O segredo do sucesso é estar em continua busca de novos desafios, técnicas e meios de se fazer um teatro de qualidade para o publico, nunca se acomodar. Gostaria de agradecer a Administração Municipal da cidade de Quadra através do Prefeito Carlão por permitir essa oportunidade que com certeza será de grande valia ao grupo.” Finaliza do professor e diretor Benemari Sulivam.
E por falar em sucesso o grupo no próximo dia 23 se apresenta no 6º FESTIVAL ESTUDANTIL DE TEATRO BALAIO DAS ARTES na cidade de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS com dois espetáculos, o infantil, A GRANDE VIAGEM AO CORAÇÃO e o adulto, OS SETE GATINHOS – GENÉRICO. E em AGOSTO é a vez de São Paulo conhecer o grupo da cidade de Quadra que tem trazido diversos prêmios, elogios de jurados e elevado o nome da cidade de Quadra como cidade que incentiva as artes cênicas.

É a 04 CANTOS, levando o nome de QUADRA aos 04 cantos do mundo.